Antes mesmo de ser presidente, Donald Trump já protagonizava episódios de grande constrangimento internacional e total desconhecimento acerca do planeta em que vive. Afirmava que o aquecimento global era coisa de comunista, ou da China. Assim, o atual mandatário americano, demonstrava elevado desconhecimento em matéria de geopolítica, já que a China é o país mais poluidor do mundo, figurando depois apenas dos EUA.
Na mesma linha, o futuro governo brasileiro segue este mesmo raciocínio rasteiro. O futuro chanceler brasileiro acredita, num devaneio que nos coloca ao tempo da guerra fria, que a mudança climática é um dogma científico influenciado por uma cultura marxista que quer atrapalhar o ocidente e favorecer a China.
Em artigo de sua lavra publicado no Blog Metapolítica 17 Ernesto Fraga Araújo, futuro chanceler, lemos:
“Esse dogma vem servindo para justificar o aumento do poder regulador dos Estados sobre a economia e o poder das instituições internacionais sobre os Estados nacionais e suas populações, bem como para sufocar o crescimento econômico nos países capitalistas democráticos e favorecer o crescimento da China.”
Cabe entretanto relembramos que envolvendo o planeta Terra, há uma camada de gases que chamamos de atmosfera.
Os raios solares a atravessam, aquecendo a superfície terrestre que, quando aquecida, libera calor. Uma parte desse calor é absorvida pela atmosfera e a outra parte se perde no espaço.
Quando a atmosfera absorve esse calor, ela não deixa que a Terra esfrie muito e mantém a superfície terrestre aquecida possibilitando a nossa vida na Terra.
Caso isso não ocorresse, a Terra seria muito fria e seria impossível habitar este planeta. Isso é o que chamamos de efeito estufa, um processo natural.
As queimadas em matas e florestas, as indústrias, fábricas e motores a gasolina e diesel emitem vários gases, dentre eles o CO2 (dióxido de carbono). Esses gases chegam à atmosfera e formam uma camada impedindo que grande parte do calor que está dentro da Terra saia. O que ocorre, como dano colateral, vem sendo um aumento inegável na temperatura da superfície terrestre, o chamado aquecimento global (réchauffement climatique – global warming), fenômeno verificado nos últimos 150 anos.
De acordo com os cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco séculos com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento parece insignificante, mas é suficiente para produzir diversas estragos.
Como consequência desse aumento na temperatura da Terra, podemos ver:
✅ o derretimento das calotas polares, provocando um aumento no nível dos oceanos;
✅ a diminuição da umidade do ar podendo provocar desertificação em algumas regiões;
✅ o aumento de furacões, tufões e tornados e de intensas ondas de calor;
✅ a diminuição da população de abelhas e de diversos outros animais.
Para que o efeito estufa não se torne um problema de fantásticas proporções é necessário que a sociedade global diminua a poluição do ar. Para tanto faz-se necessário:
✅ plantar mais árvores;
✅ evitar queimadas;
✅ reciclar o lixo;
✅ usar a energia solar e a energia eólica (vento) para produzir energia elétrica;
✅ usar mais transportes públicos;
✅ colocar filtros nas chaminés das indústrias e fábricas;
✅ diminuir a emissão de CO2 realizada pelos meios de transporte, bem como,
✅ conscientizar a população mundial sobre o aquecimento global.
Logo, como podemos ver, em rápidas pinceladas, as ideias de Donald Trump e do futuro chanceler brasileiro não procedem!
Negar o aquecimento global, em nosso modo de ver, é:
✅ fechar os olhos para a realidade de nossa vida aqui na Terra,
✅ defender tacitamente medidas que atentam contra o meio ambiente, bem como,
✅ negar peremptoriamente a necessidade de aplicação dos tratados internacionais firmados, em favor do meio ambiente, nos últimos anos. Em resumo uma sandice sem precedentes, que inviabilizará nosso vida.